Caros leitores, após mais uma ausência razoavelzinha, eis-me de regresso com um post sobre um tema que me é particularmente próximo do coração, o dos triângulos.
Não dos de Pitágoras (que era, assumidamente, um malandreco), nem das Bermudas, mas sim amorosos - todas e quaisquer situações em que aquilo que se quer não é aquilo se tem e, por vezes, aquilo que se tem também não é aquilo se quer.
Desde sempre que a espécie humana, voraz devoradora de anseios e desejos, tentações reprimidas e vontades sórdidas, caiu em situações lamentáveis, deixando o coração ao fumeiro e pondo-se a jeito para valentes desilusões, das quais vos deixo aqui 3 exemplos mais conhecidos:
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Menelaus - Helena - Paris
Contagem de mortos: perto de 180.000, números redondinhos.
Grau de Parvoeira (0-10): 7 (raptar a mulher de um tipo com tantos amigos é muito, muito estúpido mesmo - cair na cena do cavalo então...)
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Júlio César - Cleópatra - Marco Antonio
Uma porrada de anos antes da TVI, (cerca de 50 anos antes de Cristo), um poderoso líder do mundo civilizado, Júlio César, é assassinado por uns quantos compinchas,que lhe mostram as suas facas Ginsu mos degraus do Senado.
Do outro lado do Mediterrâneo, Cleópatra, rainha dos egípcios (pré-Mubarak, portanto...) fica em choque por saber que o seu amor morrera.
No entanto, o melhor amigo deste, Marco António, (militar, boa pinta e oportunista qb) mete-se num ferry cheio de remadores suados e vai consolá-la - da maneira tradicional latina, segundo consta, mas lá se apaixonam...
Ele acaba por se meter numa sarilhada imensa, tem de andar à pancada com o seu antigo exército e no fim enganam o moço, dizendo-lhe que a sua amada patinou.
Ele, porque era um macho à séria, mata-se com um gládio nas intercostais (é d'homem, caraças!).
E ela, quando sabe da desgraça, vai atrás e pimba, deixa-se picar por uma serpente e quina também (isto também é de gaja, porque convenhamos que é tudo menos prático...).
Está aqui a origem do romance Romeu e Julieta, mas sem homens em collants nem declarações exageradamente rebuscadas.
Contagem de mortos: 130.000, mais coisa menos coisa
Grau de Parvoeira (0-10): 9 (mas onde é que já se viu duas pessoas matarem-se por uma coisinha de nada???)
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Diana - Carlos - Camilla
Entre os anos 80 e 90, (completamente trágico também, mas só se estragou uma casa...) surge o caso mais mediático de um triângulo amoroso envolvendo realeza.
Desde muito jovens que o príncipe Carlos (bonitão como o Eng. Sousa Veloso, dentes tortos, orelhas de abano e um caparro de menina) arrastou a asa à então menos homenzada Camilla (senil, enrugada, cara de ameixa e um gosto para chapéus como só a Júlia Pinheiro) - no entanto, por a moçinha entretanto ter encontrado outra pessoa, a vida do jovem infante continuou, tristonha, acabando por descobrir a sua Diana (giraça, cabelinho de Pin-y-Pon, vestidinhos da moda, tímida e coradinha), no final dos anos 80.
Mas como os primeiros amores nunca se esquecem, e apesar da princesa do povo ter o selo de aprovação da populaça, o Carlinhos teimava em ir martelar a paixão sempre que podia - coisa que acabou por descambar em escândalos mediáticos, alimentando a corrida à profissão (in)digna de paparazzo, e culminando na morte violenta da princesinha, (que estava prestes a divorciar-se para assumir uma relação com um tal de Dodi), numa brutal colisão entre a sua limusina e um pilar do Túnel d'Âme, em Paris, para fugir dos paparazzi.
Contagem de mortos: 4, sendo a Diana, o Dodi, o motorista e a reputação da Casa Real Britânica.
Grau de Parvoeira (0-10): 6 (bem vistas as coisas, ele já a tinha enganado, e ela já andava a enganá-lo também, por isso fica tudo em casa e não se fala mais nisso...)
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Resumindo, e para voltar à realidade, já me vi em ambas as situações, apesar de continuar a achar bem mais ingrata a do vértice fraquinho, que tenta e tenta e retenta, mas nunca leva a brasa à sua sardinha - aliás, talvez por ter estado mais vezes do outro lado (o disputado e heróico garanhão lusitano) tenha aprendido a dar valor ao esforço inglório em que amiúde me encontrei (o pobre potro, anoréctico e manco).
Mas o que leva as pessoas a abdicarem de tal forma da auto-estima, a rebaixarem-se ao ponto de esperar migalhas e restos (que já dizia o anúncio do Pedigree-Pal, "não são uma alimentação adequada"...), a esperarem que (por piedade, atrito, acordar para a vida ou puro desgaste psicológico) a pessoa amada, finalmente, nos dê uma abébia?
Suspeito, (que nestas coisas nunca poderá haver certezas), que é porque o fruto proibido é o mais apetecido, e porque a sociedade nos ensinou que só aprendemos a valorizar as coisas se tivemos trabalho para as obter - eu discordo, vigorosa e resolutamente, pois nas coisas do amor não há nada mais doce do que gostarmos de quem gosta de nós, e vive-versa, sem espinhas, ossinhos ou quejandos... :)
Também imagino que se derivem alguns benefícios nas demandas por coisas impossíveis, inatingíveis ou simplesmente inalcancáveis - dizia Sir Edmund Hillary, após conquistar o Evereste, a propósito da sua motivação para o ter tentado escalar - "Porque estava ali." E faz todo o sentido - é a quintessência do desafio.
Um homem, ou uma mulher, supera as suas próprias limitações, suporta provações, assume gostos e preferências diferentes, sujeita-se a agressões ambientais, humanas e até físicas só para poder desfrutar de alguns minutos junto da pessoa amada, ainda que ela só tenha olhos para o outro vértice do triângulo - ao fazer isto engrandece-se, agiganta-se e enobrece-se, ainda que nem se aperceba.
Inglório? Talvez. Fútil? Possivelmente. Inerentemente humano? Sem dúvida.
Mas por vezes, ainda que raramente, é um labor que resulta num despertar da outra pessoa, num abrir de olhos suave mas persistente, seja porque descobriu no pretendente um valor desconhecido, seja porque se cansou de um vértice que não a valorizava ou a dava como adquirida - e não nos podemos esquecer que há pessoas, que admitindo-o ou não, gostam é de malta que as maltrate, que as faça passar as passas do Algarve, sendo ainda capazes de as defender, de as desculpar e de tentar entender as suas motivações egoístas com lentes rosáceas.
As mulheres vítimas de violência doméstica estão neste vértice (extremo) do triângulo, para sempre símbolo da fragilidade da condição humana de amar sem ser amada, ainda que nunca o admitindo publicamente - mas não são as únicas.
Um dia, num mundo perfeito, aquela pessoa especial vai olhar para nós e perceber o quanto a amamos, sem palavras, choradinhos, prendas tontas ou demonstrações inconsequentes de paixões transitórias - e, ao fazê-lo, vai preencher o nosso mundo com côr, sons e sentimentos que julgávamos só existirem nos livros de romances, ou nos poemas dos apaixonados.
Nesse dia eu gostava de ainda cá andar para dizer, de peito cheio. "Tinha razão, não é o trabalho que dignifica o Homem, é o amor..."
Beijinhos e abraços e um óptimo Dia dos Namorados :)
Não dos de Pitágoras (que era, assumidamente, um malandreco), nem das Bermudas, mas sim amorosos - todas e quaisquer situações em que aquilo que se quer não é aquilo se tem e, por vezes, aquilo que se tem também não é aquilo se quer.
Desde sempre que a espécie humana, voraz devoradora de anseios e desejos, tentações reprimidas e vontades sórdidas, caiu em situações lamentáveis, deixando o coração ao fumeiro e pondo-se a jeito para valentes desilusões, das quais vos deixo aqui 3 exemplos mais conhecidos:
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Menelaus - Helena - Paris
Apesar do que possa parecer, não é itinerário de um Intercidades, mas sim um dos mais famosos (e o primeiro) de todos os triângulos amorosos.
500 anos antes do carpinteiro da Galileia, uma mulher casada, Helena de Esparta, (boa, boa, todos os dias, reza a lenda...) por portas e travessas que agora não interessam nada, veio a embrulhar-se com um príncipe troiano chamado Paris (um bonzão meio amaricado, perito em falinhas mansas), que a rapta e leva para a sua cidade, convencido que o irmão, Hector (esse sim, um tipo porreiro, corajoso, bem casado e quê) o defenderia, na sua cidade inexpugnável, da ira dos gregos - que não tardou nadinha.
Menelaus (velhote, barbudo e barrigudo), o marido enganado, juntou todos os outros interessados na esposa numa armada de mil navios e toca de atacar Tróia, metendo pelo meio um cavalo crescidote do IKEA, um guerreiro com calcanhar de vidro e uma data de malta falecida sem necessidade nenhuma.
Ah, e no fim levaram a moça de volta, que o marido enganado nem a conseguiu matar, de tão gira que ela era - o raptor, esse, deu à sola, depois de ter estragado a sandália a Aquiles.Contagem de mortos: perto de 180.000, números redondinhos.
Grau de Parvoeira (0-10): 7 (raptar a mulher de um tipo com tantos amigos é muito, muito estúpido mesmo - cair na cena do cavalo então...)
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Júlio César - Cleópatra - Marco Antonio
Uma porrada de anos antes da TVI, (cerca de 50 anos antes de Cristo), um poderoso líder do mundo civilizado, Júlio César, é assassinado por uns quantos compinchas,que lhe mostram as suas facas Ginsu mos degraus do Senado.
Do outro lado do Mediterrâneo, Cleópatra, rainha dos egípcios (pré-Mubarak, portanto...) fica em choque por saber que o seu amor morrera.
No entanto, o melhor amigo deste, Marco António, (militar, boa pinta e oportunista qb) mete-se num ferry cheio de remadores suados e vai consolá-la - da maneira tradicional latina, segundo consta, mas lá se apaixonam...
Ele acaba por se meter numa sarilhada imensa, tem de andar à pancada com o seu antigo exército e no fim enganam o moço, dizendo-lhe que a sua amada patinou.
Ele, porque era um macho à séria, mata-se com um gládio nas intercostais (é d'homem, caraças!).
E ela, quando sabe da desgraça, vai atrás e pimba, deixa-se picar por uma serpente e quina também (isto também é de gaja, porque convenhamos que é tudo menos prático...).
Está aqui a origem do romance Romeu e Julieta, mas sem homens em collants nem declarações exageradamente rebuscadas.
Contagem de mortos: 130.000, mais coisa menos coisa
Grau de Parvoeira (0-10): 9 (mas onde é que já se viu duas pessoas matarem-se por uma coisinha de nada???)
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Diana - Carlos - Camilla
Entre os anos 80 e 90, (completamente trágico também, mas só se estragou uma casa...) surge o caso mais mediático de um triângulo amoroso envolvendo realeza.
Desde muito jovens que o príncipe Carlos (bonitão como o Eng. Sousa Veloso, dentes tortos, orelhas de abano e um caparro de menina) arrastou a asa à então menos homenzada Camilla (senil, enrugada, cara de ameixa e um gosto para chapéus como só a Júlia Pinheiro) - no entanto, por a moçinha entretanto ter encontrado outra pessoa, a vida do jovem infante continuou, tristonha, acabando por descobrir a sua Diana (giraça, cabelinho de Pin-y-Pon, vestidinhos da moda, tímida e coradinha), no final dos anos 80.
Mas como os primeiros amores nunca se esquecem, e apesar da princesa do povo ter o selo de aprovação da populaça, o Carlinhos teimava em ir martelar a paixão sempre que podia - coisa que acabou por descambar em escândalos mediáticos, alimentando a corrida à profissão (in)digna de paparazzo, e culminando na morte violenta da princesinha, (que estava prestes a divorciar-se para assumir uma relação com um tal de Dodi), numa brutal colisão entre a sua limusina e um pilar do Túnel d'Âme, em Paris, para fugir dos paparazzi.
Contagem de mortos: 4, sendo a Diana, o Dodi, o motorista e a reputação da Casa Real Britânica.
Grau de Parvoeira (0-10): 6 (bem vistas as coisas, ele já a tinha enganado, e ela já andava a enganá-lo também, por isso fica tudo em casa e não se fala mais nisso...)
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Resumindo, e para voltar à realidade, já me vi em ambas as situações, apesar de continuar a achar bem mais ingrata a do vértice fraquinho, que tenta e tenta e retenta, mas nunca leva a brasa à sua sardinha - aliás, talvez por ter estado mais vezes do outro lado (o disputado e heróico garanhão lusitano) tenha aprendido a dar valor ao esforço inglório em que amiúde me encontrei (o pobre potro, anoréctico e manco).
Mas o que leva as pessoas a abdicarem de tal forma da auto-estima, a rebaixarem-se ao ponto de esperar migalhas e restos (que já dizia o anúncio do Pedigree-Pal, "não são uma alimentação adequada"...), a esperarem que (por piedade, atrito, acordar para a vida ou puro desgaste psicológico) a pessoa amada, finalmente, nos dê uma abébia?
Suspeito, (que nestas coisas nunca poderá haver certezas), que é porque o fruto proibido é o mais apetecido, e porque a sociedade nos ensinou que só aprendemos a valorizar as coisas se tivemos trabalho para as obter - eu discordo, vigorosa e resolutamente, pois nas coisas do amor não há nada mais doce do que gostarmos de quem gosta de nós, e vive-versa, sem espinhas, ossinhos ou quejandos... :)
Também imagino que se derivem alguns benefícios nas demandas por coisas impossíveis, inatingíveis ou simplesmente inalcancáveis - dizia Sir Edmund Hillary, após conquistar o Evereste, a propósito da sua motivação para o ter tentado escalar - "Porque estava ali." E faz todo o sentido - é a quintessência do desafio.
Um homem, ou uma mulher, supera as suas próprias limitações, suporta provações, assume gostos e preferências diferentes, sujeita-se a agressões ambientais, humanas e até físicas só para poder desfrutar de alguns minutos junto da pessoa amada, ainda que ela só tenha olhos para o outro vértice do triângulo - ao fazer isto engrandece-se, agiganta-se e enobrece-se, ainda que nem se aperceba.
Inglório? Talvez. Fútil? Possivelmente. Inerentemente humano? Sem dúvida.
Mas por vezes, ainda que raramente, é um labor que resulta num despertar da outra pessoa, num abrir de olhos suave mas persistente, seja porque descobriu no pretendente um valor desconhecido, seja porque se cansou de um vértice que não a valorizava ou a dava como adquirida - e não nos podemos esquecer que há pessoas, que admitindo-o ou não, gostam é de malta que as maltrate, que as faça passar as passas do Algarve, sendo ainda capazes de as defender, de as desculpar e de tentar entender as suas motivações egoístas com lentes rosáceas.
As mulheres vítimas de violência doméstica estão neste vértice (extremo) do triângulo, para sempre símbolo da fragilidade da condição humana de amar sem ser amada, ainda que nunca o admitindo publicamente - mas não são as únicas.
Um dia, num mundo perfeito, aquela pessoa especial vai olhar para nós e perceber o quanto a amamos, sem palavras, choradinhos, prendas tontas ou demonstrações inconsequentes de paixões transitórias - e, ao fazê-lo, vai preencher o nosso mundo com côr, sons e sentimentos que julgávamos só existirem nos livros de romances, ou nos poemas dos apaixonados.
Nesse dia eu gostava de ainda cá andar para dizer, de peito cheio. "Tinha razão, não é o trabalho que dignifica o Homem, é o amor..."
Beijinhos e abraços e um óptimo Dia dos Namorados :)
O incontentamento faz parte da condição humana, assim como a tentativa frustre de tentar modificar aqueles que dizemos amar, sem que percebamos que estamos apenas a acabar com a sua genuinidade.
ResponderEliminarPor outro lado, a necessidade a que nos vemos hoje obrigados, em prolongar sofrimentos enquanto são dis(simulados) sentimentos, gostos, vontades, desejos, perturbações e neuroses.. Tudo se resume a saber as regras do jogo. E pobre daquele que não possui esse magnífico "talento"!
É sabido que a generalidade das pessoas não só necessita, como são viciadas em "drama" e sofrimento. Talvez por nunca terem experienciado outra forma de amar, ou apenas porque a estabilidade é aborrecida e não traz qualquer emoção.
Isso leva-nos a procurar o que não temos, mesmo não sendo o que precisamos ou o que nos fará feliz.. pois sempre é uma forma de nos entretermos com quebra-cabeças e meias palavras sem qualquer significado.
Acredito que a determinado ponto das nossas vidas (possivelmente depois de um rol de bestas mais ou menos bestiais), conseguimos acordar do estado de coma e aprendemos a ver a vida com outras cores e a valorizar não um enxurilho de mentiras e promessas infrutíferas, mas aquilo que ouvimos através do silêncio e que resulta daquele sentimento fantástico, a cumplicidade.
Pitágoras, realmente era um malandreco. Nos dias de hoje ele e seus colegas e alunos, seriam considerados muito mais do que malandrecos, tendo em conta as normas sociais vigentes e a quantidade de imprensa cor-de-rosa que vive dos freak-shows com utensílios de enólogos e personalidades mais ou menos bizarras.
ResponderEliminarA história político/correcto apenas nos trouxe os teoremas, as filosofias e as primeiras noções de democracia. À época, a mulher ser considerada como ser de categoria inferior é um assunto de somenos importância que os livros de história escondem e as nossas criancinhas de hoje não precisam de saber.
Mas se sabemos hoje calcular a área de um triângulo, sem dúvida, devemos tal conhecimento a Pitágoras, entre muitos outros que nos deixou.
Quanto ao cerne da essência do post, relativamente aos constrangimentos e as frustrações que advém de uma parte que invariavelmente é excluída das opções da pessoa com que fantasia ou que julgava ter, são sempre questões muito complexas, existem imensas nuances.
Mas, na base, quase todas elas vêm ter à questão do ego, querer ter e a desilusão de não poder ter. Numa forma mais simples, isso começa a acontecer ainda em criança, quando os pais não compram a boneca ou aquele carrinho de sonho, desencadeando logo de seguida a birra, aí se vão desenvolvendo os primeiros mecanismos de manipulação emocional, na qual, nesta contenda, uma das partes vai ceder, e assim, a parte vencedora vai construindo uma posição dominante.
À medida que as pessoas crescem, física e intelectualmente, este jogo, vai-se complexizando a ritmos geométricos.
Por outro lado, o Amor é fogo que arde, descontrolado... Tomar as suas rédeas torna-se praticamente, um exercício impossível, sem manual de instruções.
Mas, resumindo, tudo gira à volta do ego. E neste Planeta, a floresta, são egos mal trabalhados, a partir daqui e considerando ainda o nosso fraco nível evolutivo consciencial, todos os dramas, choradeiras, atiraranços para o chão e arrancar os cabelos (para quem os têm), manifestações de psicoses aparentemente escondidas e muitas, muitas. Há todo um leque de situações que derivam das relações entre pessoas, também é um forte alimento do cinema, soap operas e telenovelas.
E não esquecendo a tremenda confusão que as pessoas fazem entre Amor e Sexo, esta temática merece outro post.
Em jeito de remate, muito boa escolha do vídeo, principalmente por Eminem, esse enorme talento rapper.
Abraço.
A pedido de várias familias ... aqui ficam algumas palavras minhas sobre o tema "triângulos amorosos" ...
ResponderEliminarTema delicado! Mas não tanto quanto um decágono!!! lolll
Um tema repleto de amor em que tudo deveria ser doce, mas que no final acaba sempre com um gostinho amargo e bem ácido de digerir :(
Um dia, num mundo perfeito...
Infelizmente para mim, já deixei de acreditar naquele velhinho amoroso de barbichas brancas, fofo todo o ano e que no natal preenchia os sonhos de tantas criancinhas e de tantos adultos que teimam que a criancinha nunca vai morrer dentro deles, sempre com um sorriso cintilante e uma guloseima para oferecer!
Recuso me a acreditar que este fofo nao existiu, mas sim que meteu os papéis para a reforma de modo a precaver algum guito para a sua eterna velhice... porque quando ouviu falar nas medidas de austeridade a serem implantadas neste país pensou que nao podia andar cá mais anos a distribuir sonhos cor de rosa, porque o cinismo não combinava com o seu fato humilde de veludo vermelho.
Acredito mais na história da Gata Borralheira, porque até a história da princesa que beija o sapinho, e este se transforma em princípe, nos dias de hoje é tao reboscado como milacruloso de acontecer!
Há quem tenha vivido muitos anos num conto de fadas, e um dia acorda e vê que o castelo onde morava não era ladeado de pedras e de amor, mas sim de papel e de ... ilusões.
Chegamos à conclusão que o amor que vive dentro de nós, não morre, apenas se transforma.
E com tantas transformações que sofrem os nossos delicados coraçoezitos, surgem paixões, novos amores, novos sentimentos,novos triangulos que parecem nos perseguir até ao final das nossas vidas e até decágonos. ( Pensar sempre que existem pessoas com problemáticas bem maiores e complexas que as nossas :) )
Por isso temos de encarar a vida com optimismo, continuar a sonhar, sorrir todos os dias, fazer amizades puras... sempre com a maior qualidade que deve enaltecer em todos nós ... a sinceridade, a forma mais súbtil de tentar não fazer sofrer aqueles que mais amamos.
O amor é lindo, preenche a nossa vida, é doce quando é retribuido, amargo quando não é correspondido e agridoce quando a outra pessoa esconde aquilo que sente!
Quem disse que a vida é justa??? Porque não podemos gostar e amar quem gosta de nós??? Porque o nosso coração manda mais que a razão???
A vida é feita de escolhas ...
Um dia, num mundo perfeito ...
Eu apenas escolho ser FELIZ
Dos muitos modelos possíveis de infidelidade, o triângulo composto por um homem e duas mulheres é o mais comum (os casos que conheci ao longo da vida foram quase sempre estes) Não conheço estatísticas que avalizem aquilo que disse atrás, mas estou segura que todos conhecemos o caso de um homem que manteve ou mantém duas relações simultaneamente: uma com a sua mulher, que ama, respeita e venera; e outra, mais passional, com uma amante. São frequentes os casos de mulheres casadas em que ela é a única que não sabe que o marido que a adora está com outra: ou o caso de mulheres sozinhas que estão apaixonadas por um homem casado e que se consomem à espera dele.
ResponderEliminarMas afinal o que querem os homens quando embarcam numa situação destas ??? Eu acho quer tudo. Entre as duas alternativas, ele não opta e prefere ficar com as duas. Quer a segurança e o sossego que a família oferece e, além disso, sentir a emoção do risco, ver preenchido o seu desejo proibido. Quer ser nómada e sedentário ao mesmo tempo. Quer partir em busca de uma aventura excitante sem abandonar a terra firme da família.
E o querem as mulheres quando se deixam levar para estas situações? Tal como disse que o homem quer tudo, a mulher quer sempre outra coisa. Eu explico; imaginemos uma mulher a comprar roupa. Prova tudo e, quando digo tudo, quero dizer tudo, até que finalmente, muito finalmente, escolhe uma peça. Problema resolvido! Enfim! Mas não, porque quando chega casa e a prova, dá-se conta de que a peça que escolheu acaba por não a convencer. Afinal o que ela queria era outra coisa. Assim, no dia seguinte tem de regressar à loja para trocar o que acaba de comprar, que ontem lhe agradava e que hoje não lhe agrada nada.
Esta diferença entre o que um homem quer e o que quer uma mulher explica por que razão um homem costuma encarar melhor os triângulos amorosos e como se instala neles, os prolonga e eterniza. Ele não escolhe, fica com as duas. Sem a mulher (oficial) não sabe viver e não está disposto a renunciar à amante. Entretanto a mulher nunca consegue estar contente. Será este o homem da minha vida? Será outro? Não estarei a enganar-me? Ganharei à outra? Vencerá ela?.
Nunca passei por estas situações (acho eu !) mas acho que nestas trilogias ninguém (nem mesmo o homem com as duas) é feliz!!!